As Cidades - Jardins são parte da Evolução do Pensamento Urbanístico.
Introdução
A
definição urbanística das cidades-jardim foi empregada por um urbanista inglês,
Ebenezer Howard, no final do século XIX. Este urbanista em 1898 lança o livro
Tomorrow, a Peaceful Path to Real Reform, republicado em 1902 com o título
Garden Cities of Tomorrow. Tal conceito foi adotado no Brasil pelos arquitetos
Raymond Unwin e Barry Parker.
No
final do século XIX os países industrializados viviam a época pós-industrial
que se destacou pelo alargamento urbano e desenvolvimento da economia e esse
processo se assemelha ao do final do século XX nos países que estavam em
desenvolvimento. Em relação ao desenvolvimento sustentável, é relevante
considerar propostas urbanísticas que buscaram um comedimento entre o
incremento econômico e os problemas igualitários unificados ao desenho da
paisagem, como os ideais Ebenezer Howard para o movimento das Cidades-Jardins
na Inglaterra.
De
acordo com Andrade (2003), as viradas dos dois séculos foram acentuadas por diferenças
e similaridades que necessitam ser destacadas. Ficam é claro mais evidente as similaridades
no então processo de urbanização por conta do intenso crescimento da população
nas grandes metrópoles, e por conta de tal crescimento surgiram então dificuldades
sociais e ambientais. Os problemas urbanos que se destacaram estão inseridos no
nosso contexto bem atual e constante. Dentre eles podemos citar: pobreza falta
de moradia, ausência de coleta de lixo e de rede de esgoto, moradias amontoadas
(favelas/ comunidades), poluição, falta de espaço para lazer, e por incrível
que pareça já naquela época degradação intensa dos recursos naturais e do
ambiente urbano.
O
aumento populacional do planeta e o amontoado de pessoas vivendo em bairros de
periferia dos grandes centros urbanos permitiu que a desigualdade social fosse
ainda mais destacada (Andrade, 2003).
Alva
(1997), retrata a grande expansão urbana culpada por deseconomias e inversão das
externalidades que se fazem negativas. Tais destacam-se claramente na
degradação da natureza e do meio urbano, como a contaminação das águas, uso
irrestritos de combustíveis e também pela produção de resíduos nas indústrias.
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