quinta-feira, 27 de julho de 2017

Sobre o Zika Vírus


Em novembro de 2015 surgiu oficialmente no Brasil o Zika vírus, decretado pelo Ministério da Saúde, como emergência nacional. Lembro-me de alguns médicos sugerindo que casais que estivessem fazendo planos de engravidar tentassem adiar, para não pôr em risco a saúde de um futuro bebê. Já outras mães, começaram a descobrir que seus filhos nasceriam com a doença e teriam que enfrentar a batalha da microcefalia.
A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança ao se comparar com o de outras da mesma idade e sexo, são significamente menores. Uma das causas da microcefalia foi confirmada pelo Ministério da Saúde e está relacionada com o Zika vírus, que é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre Chikungunya.            
O contágio principal acontece pela picada do mosquito, que uma vez estando com o sangue de alguém contaminado pode facilmente transmitir a doença para a população.
Várias teorias de como é transmitido têm sido estudadas, meios de transmissão como saliva, leite materno e urina ainda não tirem confirmação nas pesquisas, mas a verdade é que os casos continuam e muitas pessoas “relaxaram”, engravidaram e como não escutam falar constantemente acreditam que não correm mais o risco de ter um bebê com microcefalia. É necessário que hajam diálogos com os médicos sobre a possibilidade medidas preventivas quando se pretende ter filhos, adotando medidas pré e pós-concepção e principalmente quando um dos indivíduos tem ou teve o diagnóstico da Zika.
            No início dos casos foi dado todo suporte às mães, mas agora segundo algumas reportagens sempre ouço mães reclamando que falta terapia multidisciplinar adequada e que por isso muitas crianças estão indo à óbito por conta de infecções respiratórias.
            Será que houve um esquecimento da realidade dessas famílias? Por que apesar de a doença não ter sido erradicada, comportamo-nos como se nada tivesse ocorrido?
            Diariamente eram noticiados cuidados para ter durante a gravidez, mas e depois? Como fazer quando não se tem muitos recursos financeiros e precisa fazer os tratamentos? Muitas famílias não dispõem em suas cidades desses tratamentos necessários para seus filhos e precisam se deslocar para as capitais, passando por inúmeras dificuldades de todos os tipos em busca de dar uma melhor condição à essas crianças.

            Ainda há o perigo sim e este é iminente. Ainda deve-se ter todas as precauções e repensar e pensar numa gravidez, para que esta seja a mais cuidadosa possível evitando a microcefalia. Espero que as pesquisas que estão sendo desenvolvidas recebam incentivos e sejam divulgadas. Espero mais empenho com os cuidados às crianças que nasceram com microcefalia... espero mais informação, atenção... divulgação. Não pode ser esquecido!!

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