Em
novembro de 2015 surgiu oficialmente no Brasil o Zika vírus, decretado pelo
Ministério da Saúde, como emergência nacional. Lembro-me de alguns médicos sugerindo
que casais que estivessem fazendo planos de engravidar tentassem adiar, para
não pôr em risco a saúde de um futuro bebê. Já outras mães, começaram a
descobrir que seus filhos nasceriam com a doença e teriam que enfrentar a
batalha da microcefalia.
A
microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da
criança ao se comparar com o de outras da mesma idade e sexo, são
significamente menores. Uma das causas da microcefalia foi confirmada pelo
Ministério da Saúde e está relacionada com o Zika vírus, que é uma infecção
causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também
transmite a dengue e a febre Chikungunya.
O
contágio principal acontece pela picada do mosquito, que uma vez estando com o
sangue de alguém contaminado pode facilmente transmitir a doença para a
população.
Várias
teorias de como é transmitido têm sido estudadas, meios de transmissão como
saliva, leite materno e urina ainda não tirem confirmação nas pesquisas, mas a
verdade é que os casos continuam e muitas pessoas “relaxaram”, engravidaram e
como não escutam falar constantemente acreditam que não correm mais o risco de
ter um bebê com microcefalia. É necessário que hajam diálogos com os médicos sobre
a possibilidade medidas preventivas quando se pretende ter filhos, adotando
medidas pré e pós-concepção e principalmente quando um dos indivíduos tem ou
teve o diagnóstico da Zika.
No início dos casos foi dado todo
suporte às mães, mas agora segundo algumas reportagens sempre ouço mães reclamando
que falta terapia multidisciplinar adequada e que por isso muitas crianças
estão indo à óbito por conta de infecções respiratórias.
Será que houve um esquecimento da realidade
dessas famílias? Por que apesar de a doença não ter sido erradicada,
comportamo-nos como se nada tivesse ocorrido?
Diariamente eram noticiados cuidados
para ter durante a gravidez, mas e depois? Como fazer quando não se tem muitos
recursos financeiros e precisa fazer os tratamentos? Muitas famílias não dispõem
em suas cidades desses tratamentos necessários para seus filhos e precisam se
deslocar para as capitais, passando por inúmeras dificuldades de todos os tipos
em busca de dar uma melhor condição à essas crianças.
Ainda há o perigo sim e este é iminente.
Ainda deve-se ter todas as precauções e repensar e pensar numa gravidez, para
que esta seja a mais cuidadosa possível evitando a microcefalia. Espero que as
pesquisas que estão sendo desenvolvidas recebam incentivos e sejam divulgadas.
Espero mais empenho com os cuidados às crianças que nasceram com
microcefalia... espero mais informação, atenção... divulgação. Não pode ser
esquecido!!
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